Sandro Bottene
Sandro Bottene (Frederico Westphalen RS, Brasil, 1980) – Doutorando em Artes Visuais na Linha de Pesquisa Arte e Transversalidade, com ênfase em Poéticas Visuais, bolsista CAPES 2021-2022, e Mestre em Artes Visuais (2015) na Linha de Pesquisa Arte e Visualidade, com ênfase em Poéticas Visuais, bolsista CAPES 2013-2015, ambos pelo PPGART – Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais, da UFSM – Universidade Federal de Santa Maria. Especialista em Artes Visuais: Cultura e Criação/SENAC-Porto Alegre (2011). Bacharel em Artes Visuais/UNIJUÍ (2012) e Licenciado em Artes Visuais/UNIJUÍ (2009). Tem interesse em pesquisar os temas: Corpo, Identidade, Dor, Espinho, Cacto. Possui experiência na área de Artes, subárea de Artes Visuais, com ênfase em Poéticas Visuais, atuando, principalmente, nas seguintes poéticas: Instalação, Intervenção, Livro de Artista, Performance e Pintura Experimental. Artista visual, cacticultor e pesquisador, é integrante do Grupo de Pesquisa Laboratório de Arte e Subjetividades – LASUB-UFSM/CNPq. Participou de Residências Artísticas (2014-2017) realizadas pelo Grupo de Pesquisa em Artes: Momentos Específicos-UFSM/CNPq. Exibições: Projeto 2020 – 4a Convocatória (2020), virtual, Brasil; Espécie em Arte (2018), Polo da UAB, Seberi, RS, Brasil; À Margem da Cicatriz (2016), Biblioteca Visconde de Mauá/UNICRUZ, Cruz Alta, RS, Brasil; Entre a Vida e a Morte (2014), Sala de Exposições Java Bonamigo, Ijuí, RS, Brasil; Intervención Urbana Bocas de Tormenta (2013), Montevidéu, Uruguai; arte#ocupaSM (2013), Santa Maria, RS, Brasil.
Suspensus Dolor
A obra Suspensus dolor (2021) foi criada de forma experimental em um estúdio improvisado no jardim da minha casa, durante a pandemia do novo coronavírus. O trabalho expõe a fragilidade do meu corpo, no papel de performer, e explora a ideia de estética da dor (relação com os espinhos). De todo modo, a experiência suscita tanto a individualidade do corpo com o isolamento forçado, imposto pela nova realidade durante o período pandêmico, quanto a dor gerada pelo sofrimento coletivo em decorrência da situação em escala global. A “dor suspensa” pelo corpo-artista – corpo-vivo – se mostra com um olhar mais introspectivo para si mesmo, enquanto dor física e dor psíquica. A fotoperformance apresenta a identidade imaginada Garoto-cacto¹ em um ato de suspensão. Esse ato, por sua vez, compartilha referências que aludem à técnica de suspensão realizada pela prática oriental Shibari (que também utiliza amarras para imobilizar o corpo e, consequentemente, dor). A ação corporal acontece sobre um cacto (espécie Echinocactus grusonii). Porém, antes que ocorresse a performance, o corpo estava amarrado com fios e espinhos. Espinhos estes que foram retirados de um cacto (espécie Cylindropuntia tunicata) e, previamente, pigmentados com tinta vermelha. Esse ato performático integra a pesquisa em poéticas desenvolvida no doutorado em Artes Visuais com a orientação da Prof.a Dr.a Rosa Maria Blanca Cedillo.
A pesquisa gira em torno das palavras-chave: Corpo, Dor, Cacto, Espinho.
Notas:
1. A identidade criada remete ao ofício de cacticultor iniciado em 2004.
Técnica e/ou materiais:
Fotoperformance