Ana Marina Coutinho
Me chamo Ana Marina Coutinho. Nasci em 1994, numa pequena cidade de Minas Gerais. Me envolvi com a fotografia ainda muito nova, aos 13 anos de idade. Comecei por intuição, com a webcam do computador, exercendo principalmente a linguagem do autorretrato. Com o tempo, fui entendendo que queria seguir minha caminhada como fotógrafa, por isso comecei a levar a arte mais a sério.
Após muito estudo, tentativas e peito aberto às falhas, percebi que fotografar pessoas é meu maior interesse. Ainda não sei dizer o porquê, mas talvez seja uma forma de compreender a mim mesma.
A primeira exposição, na Galeria Hiato (Juiz de Fora - MG), foi aos 18 anos. Depois dela, transitei por alguns eventos culturais e espaços artísticos, tendo já exposto no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (Juiz de Fora), Museu de Arte Murilo Mendes (Juiz de Fora), Memorial da América Latina (São Paulo) e participado de uma itinerante no Uruguai. Há quase 3 anos sou fotógrafa da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde registro a instituição em suas mais diversas facetas, além de ser colaboradora do projeto de extensão Laboratório Conexão UFRJ.
Dançar significa movimentar-se livremente
As imagens retratam um ensaio rotineiro da Companhia de Dança Contemporânea da UFRJ. Como grande parte do meu trabalho, essas fotografias foram obra de um acaso, mas nem tão acaso assim.
Eu estava em busca de alguma imagem, algo que retratasse o dia a dia da UFRJ. No entanto, eu não queria algo parado e monótono (como infelizmente são muitas salas de aula). Eu estava em movimento, era um dia quente, então precisava de alguma cena que pudesse conversar comigo.
Até que me deparo com um som alto e barulhento. Ao abrir a porta, dou de cara com dançarines se alongando, conversando e se preparando para o ensaio. O ar estava quente, apesar do ventilador ligado e das janelas abertas. Havia movimento e vida ali! Pedi autorização ao professor (ou condutor da aula) para fotografá-los; sentei em um canto, onde eu pudesse, ao mesmo tempo, ver tudo e não ser vista. Cliquei. Assim surgiu o conjunto de fotografias, que gosto de chamar de “Dançar significa movimentar-se livremente”.
Hoje essas fotos falam mais comigo do que no ano em que as fiz, 2019. O movimento está limitado, não há mais dança. Mas espero, em breve, dançar de novo.
Técnica e/ou materiais: Fotografia digital
Suporte/dimensões: Fotografia digital